Priapismo – Causas e Tratamento da Ereção Prolongada e Dolorosa
Ereção Prolongada e Dolorosa. Muitas vezes, a ereção de um homem é definida como um símbolo de sua masculinidade. Não é atoa que muitos se sente envergonhados com as questões de disfunção e impotência sexual. Por um outro lado, existem casos onde a ereção pode se tornar um problema, já que se sustente por horas.
Esse fenômeno conhecido como priapismo refere-se a situação patológica em que o pênis fica ereto por mais de 4 horas, causando dores e possíveis danos nas estruturas internas do órgão. Para saber mais sobre esta condição, continue a leitura deste artigo.
Priapismo (Ereção Prolongada e Dolorosa) – O Que É?
Originado do deus grego Priapus, conhecido como o deus da produtividade e fertilidade das plantações, o Priapismo é uma condição que, independente de ter ou não estímulos sexuais, provoca a ereção peniana sustentada por mais de 4 horas.
Essa ereção prolongada é provocada pela alteração no fluxo sanguíneo no pênis, sendo muitas vezes acompanhada por forte dor e falta de desejo sexual. A condição geralmente tem início durante a noite. Pode ser classificada em dois tipos distintos.
Priapismo – Quais São os Tipos?
Essa condição pode ser dividida em dois ramos principais, sendo eles:
Priapismo Isquêmico
Este tipo de Priapismo também chamado de baixo fluxo, é causado pela retenção do sangue no pênis, que ocorre devido a diminuição do retorno venosos, podendo causar a falta de oxigênio e nutrientes nas células e isquemia dos tecidos que compõem o órgão.
Priapismo Não Isquêmico
Conhecido também por ser de alto fluxo, o priapismo não isquêmico é caracterizado pelo fluxo arterial elevado, no entanto como o retorno venoso normal. Neste caso, o sangue permanece entrando e saindo dos corpos cavernosos constantemente e em quantidades abundantes, o que torna a ereção prolongada.
Priapismo – Causas
Diferente fatores e combinações de condições podem determinar falhas nos mecanismos de controle da ereção: Alterações cerebrais, de medula, de hormônios, nos vasos sanguíneos, no sangue ou nos próprios tecidos penianos que represam o sangue no momento da ereção.
Nos casos associados ao tipo isquêmico, há diversas causas responsáveis por impedir o sangue de sair dos corpos cavernosos, sendo elas:
- Anemia Falciforme;
- Doenças malígnas;
- Talassemia;
- Problemas urológicos provocados pelo uso excessivo de medicamentos que induzem a ereção;
- Uso excessivo de anéis penianos ou outros dispositivos que provocam o garroteamento do membro;
- Uso de medicamentos anticoagulantes e antidepressivos como trazodona e bupropiona;
- Uso de drogas ilícitas como cocaína e heroína.
Já nos casos de alto fluxo (priapismo não isquêmico) o principal fator desencadeante é o traumatismo do órgão que leva ao desenvolvimento de fístulas (comunicações) entre a artéria e a veia do pênis. Qualquer tipo de trauma, seja ele ocasionado por uma procedimento cirúrgico ou por uma pancada, pode levar a uma sustentação atípica da ereção.
Priapismo – Sintomas e Tratamento
Esta condição não apresenta um conjunto extenso de sintomas. Seus sinais são basicamente a ereção prolongada, independente de existir excitação sexual ou não. Podendo chegar a 6 ou 8 horas de duração. Em casos isquêmicos que correspondem a 95% dos casos de priapismo, a ereção vem acompanhada de forte dor no órgão.
Ao procurar seu médico urologista de confiança e ser diagnosticado adequadamente, você realizará um tratamento dividido em duas etapas. A primeira é considerada uma urgência médica. Esta visa interromper a ereção por meio da sucção do sangue acumulado no pênis. Ou pela ingestão de medicamentos capazes de contrair os vasos sanguíneos. Caso essas duas medidas não sejam eficazes, pode ser necessário a utilização de procedimentos cirúrgicos.
A segunda etapa consiste na prevenção de novos eventos envolvendo o priapismo. Para isso, é preciso identificar o que desencadeou o primeiro episódio da condição. De acordo com as causas, algumas medidas deverão ser tomadas. Por exemplo, quando ele ocorreu por conta de um quadro de anemia falciforme, as medidas para evitar as crises falcêmicas serão importantes. Também para minimizar o risco do priapismo.
Quando tratado adequadamente, o priapismo pode ser revertido sem deixar sequelas. Ao menor sinal da condição, busque auxílio médico.
Referência: Cleveland Clinic