Anejaculação – Saiba Mais sobre a Incapacidade de Ejacular
Anejaculação. Podemos dizer que o ponto alto da atividade sexual masculina é a combinação entre o orgasmo e a ejaculação. Isso porque essa interação acaba projetando uma sensação de prazer que pode ser percebida pelo córtex encefálico, uma vez que o orgasmo é uma atividade cerebral.
Já a ejaculação ocorre na própria região genital e é dividida em duas etapas, emissão e ejaculação. Além disso, apesar de serem associados um com o outro, esses fenômenos não precisam acontecer simultaneamente, dando origem a chamada “ejaculação sem prazer” (expulsão do sêmen sem a sensação de prazer) e ao orgasmo seco (prazer na ausência da eliminação do sêmen) conhecido também como anejaculação.
Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre as causas, consequências e tratamentos para a incapacidade de ejacular.
A Anejaculação
A anejaculação é um tipo de disfunção ejaculatória, na qual o homem nota a ausência do sêmen na ejaculação durante suas relações sexuais. Apesar de não ser capaz de expelir o líquido com esperma, o desejo, excitação, ereção e o prazer do orgasmo são todos preservados.
A falta da ejaculação pode ser associada a anormalidades na produção e estocagem do sêmen, líquido corporal esbranquiçado com o objetivo de levar os espermatozoides para a fecundação, bem como em algum outro ponto que age no processo de expulsão. Essa condição pode ser classificada em diferentes tipos:
- Primária: Quando o homem nunca conseguiu ejacular, mesmo em suas primeiras experiências sexuais;
- Secundária: Quando o homem já conseguia ejacular anteriormente, mas desenvolveu a condição em algum momento de sua vida;
- Situacional: Quando a anejaculação ocorre apenas em certas situações ou com determinados parceiros.
Causas e Consequências Da Anejaculação
Essa disfunção ejaculatória pode ser classificada como psicológica, e em casos onde o homem nunca ejaculou, pode ser resultado de uma causa orgânica. Apesar de raro, anomalias congênitas, como ausência de vesículas seminais ou glândula prostática também podem ser responsáveis pelo desenvolvimento da condição. Outras causas podem ser:
- Diabetes;
- Lesões pélvicas ou na medula espinhal;
- Uso de medicamentos como antidepressivos ou aqueles para controle de distúrbios urinários;
- Infecções em geral;
- Remoção de linfonodos em casos de tratamento contra o câncer testicular;
- Cirurgias pélvicas que envolvam regiões como próstata e bexiga.
Algumas dessas situações podem provocar o surgimento de lesões neurológicas de formas distintas, que posteriormente podem ocasionar a interrupção das vias nervosas que estimulam a ocorrência das fases de emissão e ejaculação.
Apesar de não desencadear problemas no organismo, a anejaculação pode afetar a fertilidade do homem e o psicológico do casal, uma vez que a falta de ejaculação pode passar uma sensação de algo inacabado ou insatisfatório.
Diagnóstico da Anejaculação
O diagnóstico da anejaculação começa com uma consulta médica, geralmente com um urologista, que investigará o histórico médico e os sintomas do paciente. São realizados exames físicos e, em alguns casos, testes neurológicos e hormonais para identificar possíveis causas subjacentes.
É importante que o diagnóstico seja completo, já que a condição pode ter causas combinadas (por exemplo, diabetes e uso de antidepressivos). Com o diagnóstico correto, o médico poderá recomendar as opções de tratamento mais adequadas.
Tratando a Anejaculação
Não existe um tratamento considerado como padrão para esse tipo de disfunção ejaculatória, já que a mesma pode ter diversos fatores desencadeadores.
Em alguns casos, por exemplo, a utilização de medicamentos específicos poderá ser suficiente para controlar a anejaculação. Já em outros, um tipo de tratamento mais complexo poderá ser realizado, contando com o apoio de urologistas, psicólogos, além de médicos especializados em alguma doença específica, como um endocrinologista em casos envolvendo diabetes.
Apesar da abordagem de tratamento para anejaculação depender da causa identificada, as opções geralmente incluem:
- Tratamento de Condições Subjacentes: Quando a anejaculação é causada por problemas médicos, como diabetes ou hipertensão, o tratamento dessas condições pode melhorar a função ejaculatória;
- Ajuste de Medicações: Se o problema estiver relacionado ao uso de algum medicamento, o médico pode ajustar a dosagem ou propor alternativas que tenham menor impacto na função sexual;
- Terapias Psicológicas e Sexuais: Para causas psicológicas, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia sexual podem ajudar o paciente a lidar com estresse, ansiedade e inseguranças que possam estar impactando a capacidade de ejacular. Esses tratamentos podem ser feitos individualmente ou com o parceiro, dependendo do caso;
- Estimulação Vibratória e Eletroejaculação: Em casos de anejaculação causada por problemas neurológicos ou físicos, técnicas de estimulação vibratória e eletroejaculação podem ser recomendadas. Esses métodos utilizam dispositivos para estimular os nervos responsáveis pela ejaculação;
- Medicamentos para Aumentar a Ejaculação: Em alguns casos, medicamentos como agonistas alfa-adrenérgicos podem ajudar, pois atuam diretamente nos músculos e nervos envolvidos na ejaculação. No entanto, esses medicamentos só são prescritos quando os outros métodos falharam e após avaliação cuidadosa do médico.
A Anejaculação é uma Condição Permanente?
A anejaculação pode ser temporária ou crônica, dependendo das causas e do tratamento. Para alguns homens, especialmente aqueles cuja anejaculação está relacionada a medicamentos ou condições psicológicas, o ajuste de hábitos ou a terapia pode reverter o quadro. Em outros casos, como após lesões severas ou cirurgias, o problema pode ser permanente.
No entanto, mesmo nos casos mais complexos, existem alternativas terapêuticas que ajudam o paciente a alcançar uma vida sexual satisfatória. Em caso de dúvidas não deixe de marcar uma consulta de avaliação com um de nossos profissionais.
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Artigo Publicado em: 6 de março de 2020 e Atualizado em: 13 de dezembro de 2024